Face à grande demanda que esta forma de atuação pode provocar, é interessante que a atenção aos problemas com poços de captação de águas subterrâneas seja focalizada considerando critérios de prioridade, que estão agrupados em duas classes:

1)impacto epidemiológico: poços localizados dentro e nas imediações de loteamentos irregulares, condomínios e hotéis, pela eventual contaminação com esgotos não-tratados e pelo caráter comunitário do uso da água; poços cuja água é utilizada por escolas e hospitais, locais em que eventuais problemas de potabilidade podem constituir um risco epidemiológico sério; poços utilizados por indústrias de alimentos e bebidas, pela futura utilização dos produtos para consumo humano;

2)impacto ambiental: poços localizados nas proximidades de atividades potencialmente poluidoras, que constituam risco de contaminação do lençol freático ou de aqüíferos confinados; enquadram-se nesta classe os poços localizados perto de lixões e cemitérios, pelo eventual vazamento de chorume e necrochorume; poços localizados próximo a postos de combustível, rampas de lubrificação e lavagem de automóveis, pelo possível aporte de hidrocarbonetos e surfactantes; poços localizados em lavouras onde se utilizem agrotóxicos; poços próximos a atividades industriais (efluentes) ou de mineração onde sejam utilizados explosivos;

As distintas situações identificadas para atuação se referem à localização dos poços de captação, em área urbana ou rural, conforme segue abaixo: