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Situada
no bairro da Lagoinha, com a entrada na
Rodovia Rio-Santos sentido Caraguatatuba,
km 72.
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Ruínas
em pedra e cal da fazenda Bom Retiro, construída
por volta do século XIX. Tombada pelo
CONDEPHAAT.
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Em
29 de março de 1977 foi criado pelo decreto
9.629 o Parque Estadual da Ilha Anchieta. Natureza
e história compõem o cenário
de uma das mais importantes áreas protegidas
pelo Estado.
O Parque Estadual da Ilha Anchieta, localizado
no município de Ubatuba, é administrado
pelo Instituto Florestal, órgão
da secretaria do Meio Ambiente de São
Paulo.
Com uma área de 828 hectares, a ilha
abriga a rica fauna da Mata Atlântica
onde vivem animais como capivaras, pacas, macacos-prego,
sagüis, quatis, gambás, lagartos,
preguiças, tatus e cotias. Levantamentos
científicos constataram a presença
de 50 espécies de aves, entre as quais:
sabiá, juriti, tangará, tiésangue,
colerinha, saíra, bem-te vi, atobá,
gaivota e beija-flor.
Nas águas cristalinas que cercam a ilha
são encontrados cardumes de tainhas,
robalos, carapaus, sardinhas, peixes voadores
e tartarugas marinhas, protegidos por um polígono
de interdição de pesca de qualquer
modalidade.
No Parque Estadual é proibido acampar,
pescar, retirar do mar ou dos costões
qualquer espécie de flora ou fauna marinha,
colher mudas, cortar plantas, levar animais
domésticos e abrir caminho pela mata.
Quem estiver disposto a uma caminhada, pode
fazer trilhas pela ilha. Costões cercados
de Mata Atlântica levam à Praia
do Sul. A Ilha encanta seus visitantes com suas
sete praias. A trilha da prainha tem 530 metros
de extensão.
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Liga
a Praia do Presídio à praia do
Engenho, onde grandes rochas formam uma piscina
natural no mar. Diversas espécies da
vida marinha podem ser vistas em suas águas
claras e transparentes. O acesso a ilha é
feito desde o Saco da Ribeira (há passeios
de escuna de turismo a partir da praia do Itaguá).
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A
segunda maior ilha do litoral norte do
Estado de São Paulo, com 828 hectares,
traz em seu passado marcas da história
que contribuiu para a formação
de nosso país. Por volta do século
XVI (1.550), a ilha era habitada pelos
tamoios (primeiros da terra), os índios
tupinambás, liderados pelo famoso
cacique Cunhambebe, responsável
pela “Paz de Iperoig”. Nesta
época, a ilha chamava-se Tapira
ou Tapera (lugar calmo). Futuramente,
veio a denominar-se Ilha dos Porcos.
No decorrer de alguns séculos,
nela aportaram portugueses, ingleses,
franceses, holandeses, escravos e até
virou “Freguesia do Senhor Bom Jesus
da Ilha dos Porcos”, em 1885. Neste
tempo tinha escola, a capela “Bom
Jesus da Ilha dos Porcos”, cemitério,
pequenos negócios e um grande aumento
da população, que, na sua
a maioria, vivia da pesca e da agricultura
de subsistência. Na lavoura plantavam-se
café, cana, feijão, milho,
mandioca e outros produtos.
Para a construção do presídio,
em 1902, foram desapropriadas cerca de
412 famílias.
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Em
1.914, a Colônia Penal foi extinta, transferindo-se
os detentos para Taubaté e voltando a
funcionar em 1.928 com presos comuns e políticos
de toda parte do mundo. Com o primeiro motim,
tentou-se extinguir o presídio e fazer
colônia agrícola. Alguns anos depois,
a ilha passa a chamar-se Ilha Anchieta, em homenagem
ao jesuíta. Em 1.942, passa a ser Instituto
Correcional da Ilha Anchieta, que, no ano seguinte,
contava com aproximadamente 273 detentos. Durante
todo o período em que funcionou o presídio,
também moravam parentes dos soldados
na ilha. Em 20 de junho de 1952, houve uma das
mais sangrentas rebeliões de nosso país,
planejada durante anos por um único homem,
o famoso cérebro do crime: o Portugal.
Seu corpo era franzino e não atlético
como muitos possam imaginar; porém, a
capacidade da arquitetar crimes era surpreendente!
Nem mesmo os tubarões que cercavam a
ilha foram capazes de detê-lo.
Hoje, a ilha faz parte do Parque Estadual da
Serra do Mar e virou atração turística,
conquistando visitantes, pesquisadores e estudiosos
de toda parte do mundo.
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