Muitos jovens desconhecem que algumas de suas condutas durante a época de namoro podem comprometer seus relacionamentos na fase adulta e, inclusive, dificultar a formação de uma família. De acordo com a médica ginecologista Silvana Chedid, especialista em Reprodução Humana, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) desde a iniciação sexual deve ser tratada com mais seriedade pelos adolescentes. "Por mais que os jovens tenham acesso facilitado às informações sobre prevenção das DSTs, inclusive via internet, ainda há muito descuido. Entre as garotas, a doença que mais desencadeia infecção pélvica e, conseqüentemente, alteração tubária, é a clamídia (Chlamydia) – que em 75% dos casos não apresenta sintomas, exceto discreto corrimento. Já entre os meninos, a gonorréia (Gonorrhoea) é a doença que mais compromete a saúde reprodutiva, sendo a terceira principal causa de infertilidade masculina no Brasil", diz a especialista. Dados da Organização Mundial de Saúde revelam que entre 10% e 15% dos casais têm dificuldade para engravidar. "Apesar de haver muitos outros fatores que contribuem para a infertilidade, como uso de drogas, fumo, poluição ambiental, obesidade e anorexia, se os jovens levassem mais a sério a necessidade de usar preservativos em toda relação sexual, os índices cairiam bastante. Afinal, as doenças inflamatórias pélvicas (DIP) são responsáveis por grande parte dos problemas para engravidar e podem ser reduzidas através de uma mudança de hábitos", diz Sivana Chedid. A médica dá algumas dicas para os jovens namorados:
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