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Existem diversas técnicas para pintura de paredes que conferem efeitos especiais. Apresentamos aqui as principais, bem como a visualização da superfície final.
PREPARO DA SUPERFÍCIE
Qualquer que seja o método escolhido, é imprescindível o preparo da parede antes de iniciar o trabalho. Caso a parede seja nova, deve-se aguardar a cura do cimento, num prazo entre 28 e 30 dias, e verificar o estado geral da área.
A superfície não deve apresentar partes soltas, sujeira, manchas de óleo, gordura ou pó de qualquer tipo. Usa-se um produto selante ou um fundo preparador para uniformizar a área. Então, aplica-se a massa corrida para corrigir as imperfeições.
Na repintura, a parede também deve estar absolutamente limpa e, de preferência, livre do acabamento anterior. Aplicar igualmente um fundo para nivelar e selar a superfície. Se necessário, usar massa fina para homogeneizar a área. Em ambos os casos, pintura nova ou repintura, o último passo é dar uma boa lixada e remover bem o pó.
ESPONJADO
Como o próprio nome já diz, é feito com uma esponja que pode ser até a de cozinha, mas é melhor usar a natural, pois cria manchas mais bonitas.
Materiais:
• Massa fina • Tinta látex, em qualquer cor • Tinta esmalte, na cor desejada • Esponja natural ou de cozinha • Estopa.
a) Sobre a superfície revestida de massa fina e látex, aplicar de uma a duas cores de esmalte com a esponja, na intensidade desejada, certificando-se que ela não está encharcada;
b) as cores claras devem ser feitas em fundo também claro, assim como os tons escuros exigem uma base escura.
A estopa também oferece um efeito interessante. Esta técnica aceita o látex como tinta de efeito.
ESTUQUE VENEZIANO
Também chamado de espatolato, esta técnica, originalmente realizada com cera e concha moída, procurava copiar o efeito de uma rocha e era adotado em templos e catedrais. Hoje, o estuque veneziano imita o aspecto do antigo processo, enriquecido pelo envelhecimento.
Materiais:
• Massa corrida comum ou acrílica • Corantes nos tons desejados • Espátula ou desempenadeira • Lixa.
a) Adicionar corantes na massa;
b) Com uma espátula, espalhar a massa sobre áreas pequenas, ou, com uma desempenadeira, em grandes paredes, em diferentes direções;
c) Esperar a massa secar e lixar o local. Uma sugestão é aplicar uma primeira camada deixando relevos e sobre ela uma segunda demão para homogeneizar, em cores diferentes. Pode-se ainda alternar as espatuladas de maneira que fiquem uniformizadas apenas com o lixamento.
ESTÊNCIL
Sobre qualquer tipo de fundo, cria-se desenhos, usualmente, barrados que contornam a parede. São feitos com máscaras (moldes) em acetato, papelão encorpado ou poliéster, recortadas com um motivo qualquer.
Materiais:
• Massa fina • Acetato, papelão encorpado ou poliéster • Estilete • Tinta óleo para tela, esmalte ou latéx nas cores necessárias • Solvente • Esponja • Broxa pequena • Pincel largo e chato • Aerógrafo (um tipo de revólver de pintura).
a) Escolher o desenho e verificar em quantas cores será realizado;
b) o molde deve ser vazado, recortando o desenho no acetato, papelão ou poliéster;
c) fazer uma máscara para cada cor;
d) aplicar a tinta (acrílica, óleo para tela, esmalte ou látex) no espaço vazado do molde, fixo sobre a parede, com uma destas ferramentas: esponja, broxa pequena ou pincel largo e chato;
e) cuidar sempre que o instrumento não esteja encharcado de tinta. Nesse caso, retira-se o excesso comprimindo-o sobre uma superfície absorvente, evitando que surjam manchas no decorrer da pintura.
Este método pode ser realizado de várias maneiras:
a) ao invés de aplicar a tinta, é possível retirá-la com solvente, também usando um molde;
b) pode-se pigmentar a massa corrida com corantes e usar o molde para escavar o local, criando um trabalho de relevo;
c) aplicar a tinta com aerógrafo.
FALSA MADEIRA
Materiais:
• Massa fina • Tinta látex fosca ocre ou amarela • Tinta esmalte nos tons de ocre escuro, marrom café e castanho ou outras misturas que repruduzam tonalidades da madeira • Solvente (do tipo aguarrás) • Estopa • Grained ou rubber tool (tipo de carimbo para imprimir os veios da madeira) • Pincel.
a) Revestir a superfície com massa fina, aplicar a tinta látex e esfregá-la com uma estopa embebida em esmalte;
b) sobre a superfície ainda úmida, formar os veios com os carimbos especiais, semelhantes a rodinhos. Na falta destas ferramentas, pode-se usar um pincel seco, sempre num único sentido, retirando uma parte da tinta. Neste caso, o fundo pode ser amarelo sob tinta café ou rosada e transparente.
FALSO GRANITO
Materiais:
• Massa fina • Tinta látex fosca, de preferência branca • Tinta esmalte nos tons desejados • Tinta esmalte preta • Solvente (do tipo aguarrás) • Pincel • Estopa • Esponja.
a) Começar produzindo o efeito ragging, empregando a cor do granito desejado;
b) imprimir textura à superfície, usando a esponja;
c) espirrar tinta preta e gotejar aguarrás com o pincel.
MARMORIZAÇÃO
Materiais:
• Massa corrida • Tintas esmalte nas cores desejadas • Solvente (do tipo aguarrás) • Pincel • Estopa • Tecido de malha ou esponja • Cotonete • Pena ou pincel fino.
a) Sobre a parede revestida de massa corrida, aplicar três demãos de látex branco;
b) diluir o esmalte em solvente para suavizar as cores, que devem ser pouco contrastantes;
c) aplicar a tinta com estopa ou em pinceladas esparsas;
d) esfumaçar com tecido, estopa ou esponja, conforme o aspecto que se desejar dar à parede;
e) para imitar as rachaduras de pedra, torcer um cotonete embebido em solvente e remover a tinta na direção diagonal, encostando o cotonete inclinado na parede e girando-o;
f) no sentido oposto ao das rachaduras, formar os veios da pedra. Para facilitar, visualizar uma rachadura diagonal tendendo à esquerda. Empregando a estopa, empurrar a tinta esmalte para a direita, acumulando-a; nas áreas que ficaram sem tinta, esfumaçar o resíduo da própria estopa.