A Automação Dos Supermercados E A Classificação De Produtos Hortifrutícolas A caixa passou a ser responsável pela identificação do produto a granel, pesagem e precificação. Esse sistema criou uma situação inesperada : a automação tornou-se um instrumento de exclusão do serviço braçal, assim como de restrição à diversidade de escolha no setor de FLV, para possibilitar que um número imenso de informações e itens seja trabalhado, a fim de aumentar a diversidade de opções para o consumidor e garantir o gerenciamento e a rastreabilidade do produto. A dificuldade de reconhecimento do produto, já sentida na balança escrava do setor, tornou-se trágica com a balança no check-out. É consenso no segmento supermercadista a importância do setor de FLV na escolha da loja por parte do consumidor, na compra por impulso e como provedor da diversidade de opções aos compradores. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos pelo jornal The Packer identificam hoje um número médio de 507 itens no setor de FLV e fazem uma previsão de aumento para 598 itens. As mesmas pesquisas realizadas em São Paulo apontam em torno de 180 itens nos melhores supermercados. Um item é um produto, uma variedade, um tamanho, uma cor, uma qualidade, um preço. Só para se imaginar o potencial de diversidade, pesquisa realizada na CEAGESP apurou mais de 200 itens, considerando apenas frutas e suas variedades. Só o tomate pode gerar 4.050 opções de escolha ao consumidor, se se multiplicar suas 54 variedades, cinco classificações por tamanho, cinco por cor e três por categorias. Um supermercado de bom nível poderia oferecer ao seu consumidor pelo menos três variedades de tomate, com duas ou três colorações, dois tamanhos e duas categorias. Isso daria 36 opções de escolha ao consumidor: escolha do melhor produto para a melhor utilização, com diferentes características e preços.
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