|
Monte Verde
A história
de Monte Verde começa em 1950,
quando o letão Verner Grinberg,
que se mudou ainda jovem da Letônia
para o Brasil com o pai, comprou terras
da Fazenda do Selado, que ficava na
região de Campos do Jaguari,
na serra da Mantiqueira.
Grinberg
e o pai se estabeleceram no antigo
município de Varpa Paulista,
que ficava a cerca de oito horas de
viagem de Campos do Jaguari. Mas em
1938, ele e a mulher, Emília,
decidiram comprar as terras da fazenda
porque gostaram do clima ameno e da
vegetação, que fazia
lembrar a Europa. O antigo dono não
esperava muito do lugar, ainda quase
desabitado.
|
|
Grinberg
e o pai se estabeleceram no antigo município
de Varpa Paulista, que ficava a cerca de
oito horas de viagem de Campos do Jaguari.
Mas em 1938, ele e a mulher, Emília,
decidiram comprar as terras da fazenda porque
gostaram do clima ameno e da vegetação,
que fazia lembrar a Europa. O antigo dono
não esperava muito do lugar, ainda
quase desabitado.
Eles
construíram a primeira casa e depois
foram comprando, aos poucos, outras fazendas
próximas. Passaram a fornecer hospedagem
aos viajantes que passavam por ali e para
isso construíram o hotel Pinus, que
hoje não pertence mais à família.
Verner
Grinberg comprou tantas terras que praticamente
se tornou o dono daquela vila que, por isso
recebeu seu nome: em alemão, grin
quer dizer ”verde“ e berg significa
“monte”. A partir de 1950, ele
foi fazendo do loteamento de suas terras
a fonte de renda, mas também cuidou
da infra-estrutura da vila, contratando
operários da construção
civil para abrirem ruas e promoverem a urbanização
da vila.
Grinberg,
nascido em 1910, e a mulher, Emília,
um ano mais velha, já não
moram em Monte Verde. Eles vivem em Bragança
Paulista, no interior de São Paulo,
já que a idade avançada provoca
necessidade de cuidados médicos.
Até o final da década de 90,
eles ainda moravam na vila e estavam à
frente dos negócios da família,
que tem empreendimentos imobiliários
e serraria. |
Além
das trilhas, Monte Verde tem como
atrações principais
o comércio local e a gastronomia.
|
|
|
Monte
Verde tem cerca de 40 restaurantes, excetuando-se
bares e botequins. O forte são os pratos
típicos mineiros e a culinária
européia, especialmente fondues, característicos
de locais de clima temperado, e a cozinha
alemã e a italiana. Não faltam
também casas de chá, docerias
e fábricas de chocolates. Durante o
outono e o inverno, todos os anos a vila tem
um Festival do Morango, na casa de chá
Beija-Flor |
Nesse
ramo estacam-se o tricô manual, jóias
artesanais e sabonetes caseiros. Muitas lojas
do centro da vila também revendem produtos
artesanais de outras regiões do Estado
e do interior de São Paulo. |
No
mirante do aeroporto, são alugados
aviões de pequeno porte para vôos
dentro da cidade ou a distâncias um
pouco maiores, como a ida até Joanópolis,
onde fica a Cachoeira dos Pretos, ou a Campos
do Jordão. Os passeios, de 15 a 55
minutos, custam ente R$ 50 e R$ 180. os vôos
podem ser agendados diariamente, exceto às
quartas-feiras. |
Monte
Verde tem desde 1995 uma galleria de arte,
situada na rua da Represa. A Unger’s
promove desde então, no mês de
julho, o festival “Arte Cerâmica
e Outras Artes nos Jardins de Monte Verde”,
conhecido como Festival de Inverno.
Nessa época, a galeria renova o acervo,
que tem obras de cerca de cem artistas, locais,
de outras regiões do Brasil e até
internacionais. Cada artista leva pelo menos
três obras, que ficam expostas até
junho do ano seguinte e podem ser vendidas.
O festival ainda abriga, em julho, concertos,
apresentações de músicos
brasileiros e oficinas de arte, para adultos
e crianças. |
O
parque reúne uma área verde
de mata araucária, fontes de água
mineral e animais silvestres e ainda tem uma
sede reservada para eventos culturais, congressos
e espetáculos artísticos. O
centro tem capacidade para 500 pessoas. |
O
clima frio favorece a criação
de animais “exóticos”.
Em Monte Verde encontram-se pesqueiros e sítios
de criação de trutas, como o
Paulo das Trutas (ou o Victoria (pousada,
pesqueiro e restaurante) e até criação
de javalis, como a da Fazenda Estância
Monte Verde (Fazenda do Mathias), que tem
uma manada de cem animais.
O dono da fazenda, o alemão Mathias
Hamacher, chegou ao Brasil em 1952 e comprou
suas terras em Monte Verde dez anos depois.
Na fazenda, ele já plantou verduras,
maçãs e foi o primeiro criador
de trutas de Minas, por cerca de 20 anos.
Há quatro anos, dedica-se á
criação de javalis. O criadouro
destina-se à venda, já que o
proprietário é especialista
em carnes de caça, mas também
à visitação.
Hamacher aprendeu a caçar na Alemanha,
onde se profissionalizou. No Brasil, ele importa
os animais da Europa, mas mantém o
criadouro em pastagens largas, como era costume
em seu país.
Para o ano de 2003, a idéia é
criar o Parque Ecológico dos Animais
Silvestres. Hamacher já tem uma área
de 25 mil m2 em sua fazenda, preparada para
a criação de cervos, originados
da Europa e da Ásia. A infra-estrutura
do parque já está pronta, mas
falta a aprovação do Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis). |
|